Oficina celebra a memória de Antônio Maria
Além de crônicas escritas pelo próprio Penz e por Felipe Basso, co-organizador do projeto, a oficina contou ainda com os textos de Dora Almeida, Gerson Kauer, Linda Grossi, Luciana Farias, Mariana Marimon, Roberto Marques, Tiago Pedroso, Vanessa Conz e Zulmara Fortes.
Antônio Maria, um protagonista à sombra
De todos esses nomes, os únicos que já possuíam livros do pernambucano Antônio Maria em suas bibliotecas particulares eram Rubem Penz e Felipe Basso. O cronista, atualmente, está longe de ter a popularidade que a crônica concede a nomes como Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Penz, no entanto, atribui a ele um protagonismo entre os nomes do seu tempo e sugere que o esquecimento se deva à sua morte prematura e a um possível descuido dos herdeiros em manter viva a memória de Antônio Maria.
Mas o que exatamente a crônica de Antônio Maria tem de especial? É Penz quem explica: “Se fosse para escolher uma só palavra, ela seria sensibilidade. Ele era alguém sempre a flor da pele e contaminava seus textos com essa tanta sensibilidade. Humorado de forma sutil, depressivo de maneira desbragada, mordaz na apreciação dos papéis sociais, não saberia dizer o quanto, mas influenciou seus pares na forma de escrever”.
O cronista lembra também que Maria gostava muito do contato com o público, respondendo de modo espirituoso as cartas que lhe mandavam. Os próprios cronistas também receberam e responderam cartas, publicadas no blog da oficina. “Foi divertidíssimo!”, resume Penz.
SERVIÇO:
Lançamento do livro de crônicas “Maria volta ao bar”
Dia: 15/10 (50 anos da morte de Antônio Maria)
Horário: 20h
Local: Bar Apolinário, Rua José do Patrocínio 527, Porto Alegre/RS
LINK ORIGINAL: http://rubem.wordpress.com/2014/10/01/oficina-celebra-a-memoria-de-antonio-maria/