É raro, mas sempre acontece

Permita-me explicar a aparente contradição no título, afinal ela não é simples jogo de palavras, provocação, isca para dentro do texto. Ao contrário, é o paradoxo que nos acompanha desde março de 2010 e quem está por dentro serve de avalista. Comecemos pela raridade: pertencer à turma que todos admiram. E qual turma todos admiram? Eis nosso ponto de partida, o fiat lux.

No acervo fotográfico brasileiro existem imagens que falam por si: mesas de bar em que podemos identificar personalidades nacionais – da música, literatura, dramaturgia – reunidas pelo prazer do convívio e, outro paradoxo, para muito além do simples conviver. Aparecem ali sorrindo porque nada é mais estimulante do que a companhia de quem nos provoca a refletir. Porém, não sejamos vítimas da edição de tais fotos: por certo, quando juntos, também lamentaram e consolaram-se. Ainda assim, no balanço, aposto no entusiasmo como ímã para juntar-se novamente, outra vez e sempre.

Cercar-se de pessoas sensíveis, inteligentes e criativas; pertencer a um círculo que inspira e expira cultura e, melhor de tudo, ter como ponto de encontro a mesa do bar é algo muito, mega admirável. Encastelados na Academia, intelectuais produzem ciência e conhecimento em suas áreas específicas. A arte (a vida?) pede pluralidade, espontaneidade e descontração. Prazer. Pertencer a uma turma de botequim com variadas formações unida pelo desejo de ler e escrever cada vez melhor, rir de si e do mundo e, de quebra, eternizar os encontros em livros é a personificação da raridade. Mas sempre acontece – ao menos desde 2010.

Explico: nosso décimo quinto março chega com a oportunidade de você experimentar o que sentia Vinicius, Maria, Lispector, Jobim, Braga e tantos que, lá atrás, sentaram-se à mesa do botequim para viver com plena intensidade aquele instante. A crônica, por ser o gênero do tempo e o mais confessional da literatura, propicia o tempero certo para compreender nosso momento, ampliar os horizontes e fazer amigos. Por isso, em cada turma da oficina Santa Sede, enriquecemos nossa humanidade e, da experiência, todos saem melhores ouvintes, leitores, escritores… Pessoas melhores. O raro transformado em sempre à espera de sua decisão de fazer parte da turma. O modo mais doce que eu conheço de provocar admiração e de deixar – e sentir – saudade

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Ainda está a tempo de matricular-se na Safra 2024 (presencial e virtual) e, também, na Master Class em homenagem à Cecília Meireles (turma presencial esgotada, últimas vagas na virtual). E o primeiro semestre da Santa Sede tem também o Circuito – módulo sem livro pensado para quem deseja ter uma rotina de escrita e primeiros leitores qualificados e generosos. Mais: a novidade chamada Matinê – Circuito exclusivo para cinéfilos. Conheça as ementas e encontre sua turma escrevendo para contato@oficinasantasede.com.br

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