Anátema

A” agora ampara, acalma, alivia a ansiedade antes ardida.

Alegria admite abrigo.

Antecipada, até atrevida, ante abandono amargo.

Acusar? Ah, afinco atroz!

Acolher? Ah, amorosidade antiga, anterior, autêntica.

Andei avançando alhures, alargando…

Às armas, alma amistosa! Alvejai aloucados!

Assimetria absurda: a alma ainda aqui.

Adoçar amigos – anjos –, afugentar ásperos.

Ao aflitivo, arquive-se.

Ao acintoso, arquive-se.

Ao abominável, arquive-se.

Antes, atenção:

Anteontem até além.

Alternam-se altares, aglomerações, alcovas.

Adiante a adjetivação/axioma/analogia: áses!

Agouros, ardis, aquedamento? Absolutamente.

Aquiles, avance!

Azuis azucrinam alvirrubros? Azar…

Amei, amo, amarei.

Alimento. Alma. Abel.

Acordei assim: “A”.

Amém.

 

*Não é minha primeira crônica no estilo, pois compus uma crônica monoconsonantal. Quem me acompanha lembra: https://rubempenz.net/2025/12/08/minha-inedita-serie-b-13-12-2016/

8 comentários em “Anátema”

  1. Wilmar Gonçalves Coelho

    Acho Que Podia Encerrar Assim:

    Acordei assim: “A”.
    Abel!
    Amém.

    🙏🏽Mas Um Grande Aprendizado!!!

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