Rubem Penz

Rubem Penz é publicitário, escritor e músico. Porto-alegrense da gema, desde 2003 escreve crônicas que são publicadas na internet (no antigo blog Rufar dos Tambores), e atualmente no seu site, e em colunas de revistas e jornais no Brasil e no exterior, com destaque para o Metro Porto Alegre. Publicou até o momento três livros individuais: “O Y da questão e outras crônicas” (2007), obra finalista dos prêmios Açorianos de Literatura e Livro do Ano AGES, “Inter Pares” (2011), também premiado em concursos editoriais e de comunicação e, recentemente, “Enquanto Tempo”, coletânea de crônicas. Ministra diversas oficinas literárias desde 2008, com destaque para a Santa Sede – Crônicas de botequim, um sucesso que teve início em 2010, atraindo escritores de diversas áreas, e que já está na sua quinta safra - edição 2015 – em andamento. Em 2014, organizou e ministrou a Oficina Maria Volta ao Bar, em homenagem ao cronista Antônio Maria, com repercussão nacional.

Número 360

TANTAS INFUSÕES… Surpreendo-me distraído, preparando o café da manhã. Uma ação que, de tão rotineira, assume contornos de ato reflexo. Tanto quanto lavar o rosto, fazer o café já se tornou uma prática adotada pela coletividade. Hoje, parece acontecer em cada metro quadrado do planeta. Porém, a banalidade esconde a natureza mágica e ritualística de

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Número 359

TODA INFIDELIDADE É BURRAPesquisadores ingleses colocaram mais um tijolinho na muralha que divide os homens entre fiéis e infiéis. Agora, de acordo com os números apurados, os comportadinhos tendem a ter um QI mais elevado do que os peraltas. Em outras palavras, a inteligência seria um traço mais frequente nos rapazes monogâmicos. Ou, sem perder

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Número 358

FORÇA VERSUS JEITO De todas as virtudes de um humano masculino, a mais festejada continua sendo a força. Não importa quantas ferramentas criamos para substituir, com ampla vantagem, nossos músculos: um bíceps bem formado, rijo, saliente, segue campeão de audiência. Antes que os defensores incondicionais da inteligência considerem tal premissa um absurdo, antecipo-me respondendo que

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Número 356

O ÚLTIMO BREQUEHá quem associe Carnaval com folia, alegria, fantasia. Hoje, caso voltasse a fazer versos carnavalescos, rimaria Carnaval com nostalgia. Sim, das festas de Momo, só me restaram saudade e lembranças. Também algumas boas surpresas, como descobrir que ainda sei inteiro o “Vai passar” do Chico Buarque, entre outros temas que sempre cantávamos na

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Número 352

O MELHOR DOS MUNDOS Muito já foi dito sobre a superprodução cinematográfica Avatar. Há quem comente apenas o fantástico senso de oportunidade de James Cameron, abordando o tema ecológico bem no momento em que o assunto esquenta de vez no planeta (com o perdão do trocadilho). Outros destacam a revolução tecnológica desta obra em 3D,

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Número 351

ANO AUSPICIOSOQuem se arvora na arte (ciência?) de fazer previsões, antes de arriscar palpites, detém-se na leitura de sinais. Isso vale para todas as atividades que sobrevivem da necessária antecipação, tais como investidores da Bolsa de Valores, meteorologistas, cartomantes, consultores e professoras de pré-escola. No caso, entenda-se como sinais tudo aquilo que pode ser indicativo

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Número 350

TRIBUTO AOS PESSIMISTAS DE PLANTÃO Coisa irritante é essa época do ano, não acham? Parece que todo mundo resolveu ficar feliz, com uma alegria sem motivo ou, pior, movida apenas pela convenção do calendário. Será que esse coro dos contentes não vê que dezembro e agosto são iguais? E maio e setembro e fevereiro e

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Número 348

NÃO PERDI: SÓ NÃO SEI ONDE ESTÁExistem duas situações que, mesmo diferentes entre si, quando vistas de modo simplificado, se irmanam. Refiro-me a perder as coisas e não saber onde elas estão. Aconteceu comigo esses dias: minha mulher encontrou órfã, na área de serviço, a capinha do recém comprado guarda-chuva portátil. Perguntou onde ele estava.

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Número 347

AMIGO SECRETOUm dos mais tradicionais ritos de final de ano é o amigo secreto. Em resumo, um sorteio para definir a quem presentear entre familiares, colegas de trabalho, amigos, vizinhos ou qualquer outro grupo que pretenda festejar Natal e Ano Novo. Prenúncio de desastre, ele é adotado pelo mesmo motivo por que optamos pela democracia:

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Número 345

NOVO PARABÉNS Um dia, em um cubículo obscuro de uma repartição nada representativa de um escalão para além de inferior, dois prestimosos funcionários públicos chegaram a uma conclusão definitiva: ninguém aguentava mais cantar Parabéns a Você. Não era possível que, em um país como o Brasil, com sua vasta tradição musical, ninguém fosse capaz de

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Número 343

LONGEVIDADEExistem expressões, modos de falar ou metáforas que, de tão perfeitas, sobrevivem por um longo tempo, mesmo após a extinção do ato ou objeto gerador. Por exemplo: dar a mão à palmatória. Com o perdão do trocadilho, pode-se contar nos dedos as pessoas vivas que presenciaram (ou sofreram) tal castigo nas escolas. Oscar Niemeyer talvez

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