Rubem Penz

Rubem Penz é publicitário, escritor e músico. Porto-alegrense da gema, desde 2003 escreve crônicas que são publicadas na internet (no antigo blog Rufar dos Tambores), e atualmente no seu site, e em colunas de revistas e jornais no Brasil e no exterior, com destaque para o Metro Porto Alegre. Publicou até o momento três livros individuais: “O Y da questão e outras crônicas” (2007), obra finalista dos prêmios Açorianos de Literatura e Livro do Ano AGES, “Inter Pares” (2011), também premiado em concursos editoriais e de comunicação e, recentemente, “Enquanto Tempo”, coletânea de crônicas. Ministra diversas oficinas literárias desde 2008, com destaque para a Santa Sede – Crônicas de botequim, um sucesso que teve início em 2010, atraindo escritores de diversas áreas, e que já está na sua quinta safra - edição 2015 – em andamento. Em 2014, organizou e ministrou a Oficina Maria Volta ao Bar, em homenagem ao cronista Antônio Maria, com repercussão nacional.

Número 379

ONDE ESTÁ A FORTUNA? Ser milionário é possuir uma mansão. Ou melhor, duas, três mansões. Um palácio? Quem sabe ser dono de uma ilha, ou mesmo de fazendas que, facilmente, poderiam ser confundidas com países europeus pela extensão. Vários apartamentos em Nova Iorque, Paris, Londres, Tóquio… Prédios inteiros nos endereços mais valorizados do mundo. Lá,

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Número 372

DIA BRANCOSe você vier, pro que der e vier, comigoEu lhe prometo o solGeraldo Azevedo & Renato Rocha Enquanto minha esperança respira por aparelhos na UTI, a cidadania surge com um remédio novo, capaz de retardar sua indesejada morte. Leio no jornal que um grupo de estudantes universitários reuniu-se com vassouras, baldes, água e detergente

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Número 371

O MELHOR INIMIGONeste momento, tudo é Copa do Mundo. Passamos pelas vitrines do shopping e o verde-amarelo predomina, bolas de futebol abundam, cartazes trazem o logotipo da Copa Sul-africana – a primeira naquele continente. Criam-se produtos temáticos de cama, mesa e banho; também álbuns, canetas, cadernos, porta-retratos etc. TVs são oferecidas e vendidas a rodo.

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Número 370

HOMENS DE A a ZPor mais que se diga ou escreva, parece que o homem não consegue compreender a mulher em sua abrangência, nem ela a cândida simplicidade masculina. Desconfio que exista um firme e grandioso propósito para que seja mesmo assim. Assim mesmo, prossigo com empenho no encalço do entendimento mínimo, reconhecidamente tarefa de

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Número 369

BULLYING E OMISSÃO Quando pensamos em bullying no ambiente escolar, lembramos daquele valentão, quase sempre traiçoeiro, que oprime seus pares na base da humilhação e do terror. Também surge na memória a figura do jovem diferente, seja ele meio esquisito ou fora de medida, vítima primordial das chamadas brincadeiras de mau gosto. Porém, para que

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Número 367

AS URNAS NÃO FALAM*Nasci em 1964. Por isso, nem querendo esqueço o recente período de exceção política no Brasil. Ele grita para mim na carteira de identidade. Ecoa em cada cadastro. Aniversaria junto comigo. Já falei disso? Acho que sim… Bom, enquanto eu chegava ao mundo, forças partidárias de um lado caçaram o direito à

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Número 366

PÓS-MATRIMÔNIOA história é mais ou menos essa: No táxi, enquanto voltava para casa, ela acompanhava com uma certa vertigem a paisagem correr na janela. Trazia na bolsa diversos exames laboratoriais e um diagnóstico preocupante: grave doença, escasso tempo de vida. Não pensava nas dores, no desconforto do tratamento, na despedida em cada sorriso dos netos.

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Número 362

A BELA ENSURDECIDA Bela, ao nascer, encantou a todos: seria a herdeira do legado artístico da família. O pai, produtor musical, e a mãe, cantora, chamaram compositores, intérpretes, instrumentistas, maestros e programadores da TV e rádio para a festa de boas vindas ao bebê. Por algum engano, porém, uma das correspondências não chegou. Justo aquela

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Número 361

O DESEJO Se um homem for sincero, verdadeiro e puro, talvez, um dia, quem sabe?, confesse para a mulher o que sempre desejou dela. Não será tarefa fácil. Alguma coisa em nossa carga genética, na sabedoria (burrice?) ancestral, induz os homens a jamais declararem o mais recôndito desejo à companheira, o qual nem ousa lembrar.

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