Dissecção de autógrafos

    • Diga-me um autor que não acordou no dia do lançamento morrendo de medo de que ninguém aparecerá no evento e teremos um mentiroso;
    • Tal como a antiga “roupa de ir à missa”, é frequente – e elogiável – autores que têm “a caneta de dar autógrafos”. Sempre, sempre, sempre: obrigado, Vanessa!
    • Aprendi com o mestre Assis Brasil: cabe ao autor a administração de sua fila de leitores à espera dos autógrafos. Assim, o tempo de escrita e conversa com o leitor da vez será maior ou menor na ordem inversa ao número de pessoas esperando;
    • Atribuem ao Paulo Coelho o hábito de interromper a sessão de autógrafos ao notar que muitos esperarão longo tempo e, como estímulo, percorrer a fila agradecendo a paciência de todos. Precisar fazer o mesmo: eis um bom sonho para ser sonhado…
    • Inveja 1: conheço escritores que aproveitam a sessão de autógrafos para exercitar verdadeiras obras de arte em termos de caligrafia;
    • Poucas situações são mais constrangedoras do que esquecer o nome de alguém durante a sessão de autógrafos. E acredite: isso acontecerá!
    • Inveja 2: conheço escritores que aproveitam a sessão de autógrafos para exercitar verdadeiras obras de arte em termos de mensagem. Quase um capítulo à parte;
    • O isolamento social retirou dos escritores a oportunidade tão rara de ter com os leitores um contato com olhos nos olhos;
    • Inveja 3: conheço escritores que aproveitam a sessão de autógrafos para exercitar a capacidade de compor centenas de recados todos diferentes entre si;
    • Outra lição que gosto de passar adiante: pense em palavras-chave que dialoguem com seu livro. Valem ainda mais do que textos prontos, pois permitem alguma exclusividade para o leitor;
    • Inveja 4: conheço escritores que aproveitam a sessão de autógrafos para demonstrar uma memória prodigiosa ao fazer citações;
    • Leitor raiz é aquele que aproveita a fila dos autógrafos para ler a orelha e, se der tempo, o prefácio;
    • Leitor afetivo é aquele que aproveita a fila dos autógrafos para ler um trecho aleatório, aberto ao acaso durante a espera;
    • Glória: encontrar os amigos que ajustaram suas rotinas para prestigiar o nascimento de um livro. Glória suprema: um desafeto também estar presente (nem que seja para ser o primeiro a falar mal do livro);
    • Minha gratidão aos queridos e queridas que vieram dar e receber abraços no lançamento de Aforistas graças a Deus. Aos que não puderam comparecer, mas vibraram com a conquista, também. O livro faz sentido quando merece a leitura de todos, seja agora, seja logo mais.
    • A todos os envolvidos nesta edição (Gian, Cristina, Gerson, Marlon, Raul, Vanessa, Ivan e Clara), e ao anfitrião e parceiro Apolinário Bar, muito obrigado!

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