Em tempos de horror como estes que vivemos no Rio Grande do Sul, todas as causas são necessárias, meritórias e urgentes. É preciso reerguer municípios inteiros na região dos vales; socorrer os moradores de Eldorado do Sul, Canoas, São Leopoldo e os demais afetados, incluindo Porto Alegre; adotar animais sem tutores e fortalecer as instâncias de acolhimento; doar roupas, alimentos, eletrodomésticos, colchões, cobertores e dinheiro capaz de financiar ações de reparação. Como já li, até dirigir orações entra no rol das grandes importâncias.
Sem desmerecer tudo o que acabei de elencar, ofereço uma alternativa de auxílio cujo valor intrínseco conheço desde sempre em minha vida. Quero falar de uma entidade com quase 130 anos de vida dedicada à infância e à adolescência. Refiro-me à Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antonio, cujo prédio histórico fica ali na Cidade Baixa onde, antes de tantos aterros, era a beira do Guaíba. Para mim, estar no Pão dos Pobres é como estar em casa, tão íntimo que era de seu discreto portão lateral de ferro.
A intimidade que tenho com a instituição existe por ter sido o meu padrinho, tio Irmão Arnaldo, seu diretor desde antes de eu nascer até chegar à meia-idade, uns cinquenta anos de vocacionado trabalho. Portanto, acompanhar o esforço diário de abrigar mais de uma centena de crianças com lar, educação e formação, além de atuar fortemente na profissionalização de milhares de jovens me é familiar. Também com o tio descobri a importância de as instituições se relacionarem por intermédio de seus líderes do momento, tornando o trabalho transcendente ao personalismo.
Hoje, o que temos é a cabal devastação do andar térreo dos prédios, com seus laboratórios, oficinas, salas de aula, cozinha, refeitório, banheiros etc. Em poucos dias, todos os seus móveis e equipamentos foram destruídos, o que afeta diretamente a vida dos que lá moram, trabalham e estudam. Vale uma notícia alentadora? Algo semelhante deve ter acontecido em 1941 e, à época, O Pão dos Pobres emergiu fiel ao seu propósito. Em 2024 confio que não será diferente.
Do céu, a lembrança do tio Irmão Arnaldo me move a ajudar pessoalmente e a fazer mais: convocar minha rede de influência a incluir O Pão dos Pobres de Santo Antonio nas alternativas de doações. Quem sabe você também faça o mesmo. Logo abaixo está o pix – sobre o qual fiz a necessária checagem de integridade. O pouco de cada um será muito importante. Que a imagem de Antoninho abrigando a criança em seus braços inspire a todos. Muito obrigado!
Pix: 92.666.015/0001-01
Excelente texto, Rubem. Uma sugestão valiosa e um pedido digno. Vamos contribuir!
Obrigado, Gian: pela leitura e pela adesão.
Abraços
Excelente crônica Rubem. Um resgate de uma história linda dessa Instituição e seu incomensurável legado para milhares de crianças e adolescentes acometidas de vulnerabilidade social. Esse nobre trabalho precisa continuar. Vamos ajudar e compartilhar essa crônica em busca de mais apoio financeiro. Forte abraço amigo.
Muito obrigado, querido Lourival! Se cada amigo que ler a crônica entender da mesma forma as palavras terão ganhado o melhor sentido. Abração!
Doação realisada graças a tua cronica.
Essa é a melhor notícia, Paulo Henrique!
Muito obrigado!