Ocean Phoenix
A cada verão dou de comer à minha fênix particular. E ela alça voo e vê o mundo que não mais existe e retorna ao ponto de partida e morre outra vez. Veja por que.
A cada verão dou de comer à minha fênix particular. E ela alça voo e vê o mundo que não mais existe e retorna ao ponto de partida e morre outra vez. Veja por que.
Quatro décadas atrás experimentei meu primeiro momento “se morrer amanhã já fiz algo sensacional” com o bloco carnavalesco Verde Cor. Como se vê, morrer, eu não morri. E a fragilidade das realizações também sobreviveu para servir de lição de vida.
Julgar as coisas com espírito de época não é fácil. Pode parecer a chave capaz de desculpar todas as atitudes inaceitáveis de outrora – tipo liberar a chave do Opala…
Em tudo na vida há experiências de fruição e de fruição plena. Por exemplo: no Carnaval, vestir uma fantasia e pular durante uma noite num baile ou num bloco de rua é desfrutar da alegria que a festa proporciona. Duas, três, todas as noites multiplica a chance de usufruir do prazer. Porém, nem mesmo todas
Quando o assunto é família, tem umas coisas estranhas. Por exemplo: os filhos dos primos dos nossos pais são nossos primos em terceiro grau. Porém, são mais próximos do que seus pais (eles de segundo grau) por pertencerem à mesma geração da gente. Às vezes nem fazemos muita diferença entre eles e os chamados “primos
Se me for permitido subir ao céu, em ocasião da minha morte, já posso escolher o caminho para fazê-lo: a escada do sobrado da minha avó na Praia do Barco. E não será por sua altura, já que não chegam a duas dezenas de degraus; tampouco pelo luxo, pois é feita de madeira e de
Se existe algo no mundo para ser tão particular e único quanto uma impressão digital, creio que é o gatilho emocional. O modo como uma paisagem, um cheiro, um som, um sabor, uma textura, uma memória ou uma impressão bate numa pessoa sempre será único. Numa mesma família, entre irmãos, os gatilhos serão diferentes. Em
Número 507 Janeiro de idas e vindas Rubem Penz Na infância e adolescência vivi a ventura de um exílio voluntário para escapar da ditadura do calor: férias escolares inteiras no Litoral. Meu pai, à época, submetia-se ao torturante calor porto-alegrense como que resignado à nossa sina meridional. E passava os meses que abriam o ano